Nestes dias de marasmo pré-eleitoral há pessoal que escreve tanto tanto tanto que me faz lembrar a feira dos Quatro nos meus tempos de meninice!
Ali bem junto à taberna do ti Elias, mesmo em frente à capela de Santo António, alguns já habituais feirantes montavam os seus “traylers” em versão sec. XX e apregoavam apregoavam apregoavam à espera que alguém comprasse alguma coisa.
Perante uma assistência cautelosa e pouco receptiva a desperdiçar os parcos cobres… o feirante ia aumentando um brinde a cada pregão. Mais um pregão e mais um brinde. Por fim encantado com tanta “fartura” aparecia sempre algum “pobre” que “rematava o lance”! É um facto que o pobre mesmo sendo “enganado” levava para casa um rol de cobertores, toalhas e mil e um objectos.
Hoje, com a crise é diferente.
Fala-se fala-se fala-se (virtualmente) mas como a fertilidade corre pelas ruas da amargura nem temos conto não se acrescenta um ponto! Paleio banal e inócuo tipo placebo para encher chouriços! Fala-se por falar. Ou seja, fala-se para não se estar calado tipo combate à solidão mas ao contrário dos Quatro o pobre vai de mãos a abanar para casa.
Com isto, entretanto acabou a Feira…
Hoje, enganados pela babuge e mesmo sendo peixe mais fino pescam-se muitos incautos e sôfregos pobres pela boca… Acima de tudo (percebe-se) o esforço de subsistência e a necessidade de preservar o emprego nomeadamente nestes tempos quando se está ligado à Administração Local.
Tal foi e é a crise de “ideias” a apregoar que hoje para se ver a Feira… só mesmo de forma virtual e bem longe da Praça porque todo o cuidado é pouco.
Já lá vai algum tempo com o términos dos Quatro mas podem ainda subsistir alguns resquícios a cheiro de gado vacum, asinino ou de alguma alimária em geral o que seria imperdoável não ficassem algumas senhoras irritadiças com tais e estranhos odores!
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