Lia-se no JN em 9-7-2006:
“As obras de reabilitação da EN 1-7, que recentemente tiveram início, deverão estar concluídas no primeiro semestre de 2007, trabalhos esses que vão pôr fim a uma via sem as mínimas condições de circulação.
A Câmara Municipal [de Condeixa] vai suportar 50% do valor da obra, ou seja, 400 mil euros, uma vez que a recuperação desta estrada representa um investimento de 800 mil euros. Os outros 50% serão financiados por fundos comunitários.
… considera ainda Jorge Bento, admitindo que poderá constituir também uma boa ajuda ao tráfego da EN1.”
Nesta altura o Sr Engº já previa que a moderna e prometida Avenida entre o Gorgulhão e a Faia iria ficar nas “calendas gregas”!
A passo de caracol e com muito pó a coisa arrastou-se desafiando a paciência do povo. A obra lá se prolongou até 2009. Por fim (?) e aos poucos, sem ninguém saber ao certo o dia, a obra foi concluida.
Com tudo isto o tempo passou e ela não voltou. Ela – a segurança – da estrada para moradores, condutores e transeuntes.
A sobrecarga de trânsito e o traçado deficiente desta estrada melhorada reflecte-se no elevado número de acidentes, a maioria despistes só com danos materias, mas também já resultaram várias mortes.
Assim se cumpre o destino alternativo à EN 1 previsto pelo Sr. Presidente.
Por ali, o trânsito maioritariamente de pesados de mercadorias, circula noite e dia com destino ao Aterro Sanitário, ao Retail Park, Mercador Abastecedor de Coimbra e à zona Industrial de Taveiro…Ao Domingo o trânsito de ligeiros a seguir ao almoço é ininterrupto. Parece uma procissão. Até já já há quem a baptize de “procissão de Nossa Senhora de Taveiro”
Muita coisa ficou por fazer. Ainda hoje continuam por colocar as antigas placas do Estado Novo… arrancadas por causa das obras assim continuam!
Ao longo da estrada ficaram por reconstruir várias bocas de incêndio e tubos por retirar que serviam de acesso à rede de abastecimento público de água.
A nova sinalização vertical privilegiou os acessos rurais. Até acessos a pinhais têm indicação de aproximação de via sem prioridade!!! enquanto os acessos urbanos foram esquecidos.
O peão foi (e é) ignobilmente desprezado pela Câmara Municipal. Deixaram troços que não permitem o cruzamento de veículos, motivo para vários acidentes e um perigo acrescido para as crianças e adultos que nela circulam obrigatoriamente com destino ao transporte escolar e público.
Gastar 800 mil euros na requalificação da estrada e deixar os troços urbanos na freguesia do Sebal sem bermas, passeios, passadeiras e semáforos poderá não será roubo… mas é de certeza um atentado à vida de quem lá circula.
Porque razão se continua a circular a 50 Km/h naquelas zonas urbanas? Porque não limitar preventivamente a 40 ou até a 30 Km/h enquanto não se encontra uma solução alternativa? É difícil de implementar ou esperamos que alguém se aleije?
Já que este troço não é contemplado pelo “Peão é Rei” deixem-nos garbosamente ostentar o nosso “Peão é Enteado” como demonstração da incompetência e insensibilidade dos nossos autarcas e funcionários da Câmara Municipal responsáveis pela continuidade desta armadilha mortal e candidata a ponto negro das nossa estradas.
“Não há maior cego do que o que não quer ver“, provérbio popular.
P.S. (de Post Scriptum): ainda fiz diligências junto do site da Câmara Municipal para saber qual o Vereador do Pelouro de Trânsito a quem me dirigir, mas lê-se no separador – EXECUTIVO CAMARÁRIO “Pelouros atribuídos: Em processo de decisão”... Só a sobrecarga de trabalho pode explicar este lapso !
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