Se o Município de Condeixa divulgasse e apoiasse os eventos Culturais das nossas Associações à semelhança do que faz para o Desporto, seria certamente do conhecimento da grande maioria dos Condeixenses que no passado sábado aconteceu a Apresentação da Academia Musical do Orfeão de Condeixa.
Sem contar com a presença de qualquer representante da Autarquia, não perdeu por isso brilho este momento histórico da vila. Ficará sim na História de Condeixa que a Academia Musical do Orfeão foi apadrinhada pela Banda Filarmónica Alvaiazerense Santa Cecília que abrilhantou a cerimónia com uma magnifica actuação com direito a mais espectadores que muitas Bandas em Concerto juntas apoiadas pelo Município.
Acontece que a propaganda e o Desporto monopolizaram Condeixa. No Facebook lava-se o CondeixaMunicipio de publicações “inoportunas”. A censura circula impune enquanto se “limpa” o sítio oficial da Câmara de Condeixa e o Forum21Local de “comentários incómodos”. Neste contexto pouco espaço resta à Cultura popular de Condeixa.
Tarda o cego em ver as pessoas a quem disse ir vocacionar este mandato. A cultura popular é feita por pessoas, simples é certo, mas não deixam de ser pessoas que merecem o máximo de respeito. É cobardia lembrarem-se só dos simples quando precisam dos seus préstimos ou do seu voto.
Não é todos os dias que Condeixa tem notícias dum evento desta importância, a Academia Musical do Orfeão, projecto não dependente de subsidios ou apoios oficiais. Maior importância tem pois o acontecimento por estarmos em tempos de crise, sabendo nós as dificuldades que as famílias passam. Ficaria bem na cerimónia protocolar uma palavrinha de apoio e estimulo por parte da Autarquia a este serviço também social, importante mas por vezes esquecido como tal, para além do trabalho cultural – a vertente mais evidente.
Esperar-se-ia pois que a vila e o concelho se fizessem representar seriamente pelas suas Instituições e Organismos. Era assim antigamente sem necessidade de convite. Aparecia o regedor, o padre, o juiz, o conservador e as autoridades militares. Todos queriam fazer parte e ficar para a história ligados ao acontecimento. Hoje não. Tudo é brincadeira de cachopos. Convida-se e pura e simplesmente não aparecem. E alguns que aparecem portam-se de forma tão pouca séria e promiscua que em nada dignificam os cargos que a democracia lhes delegou.
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